quarta-feira, 5 de maio de 2010

Teatro Municipal

Foto tirada entre 1902 e 1927, pelo fotógrafo suiço Guilherme Gaensly


O Teatro Municipal de São Paulo é um dos mais importantes teatros de cidade e um dos cartões postais da capital paulista, tanto por seu estilo arquitetônico semelhante ao dos mais importantes teatros do mundo, e claramente inspirado na Ópera de Paris, como pela sua importância histórica, por ter sido o palco da Semana de Arte Moderna de 1922, o marco inicial do Modernismo no Brasil. Foi construído para atender o desejo da burguesia paulista da época, que enriquecida pelo café queria que a cidade estivesse à altura dos grande centros culturais da época, assim como promover aópera e o concerto. Abriga atualmente a Orquestra Sinfônica Municipal de São Paulo, Orquestra Experimental de Repertório, Coral Lírico, o Coral Paulistano e o Ballet da cidade de São Paulo.


Os primeiros anos

No período de 1912 a 1926, o teatro apresentou 88 óperas de 41 compositores, sendo dezessete italianos, dez franceses, oito brasileiros, quatro alemães e dois russos, totalizando 270 espetáculos. Mas o fato mais marcante do teatro no período e talvez em toda a sua existência não foi uma ópera e sim um evento que assustaria e indignaria grande parte dos paulistanos na época: a Semana de Arte Moderna de 1922.

A Semana de Arte Moderna

De 11 a 18 de fevereiro, o Theatro Municipal sediou um evento modernista que veio a ser conhecido como a Semana de Arte Moderna de 1922. Durante os sete dias de evento ocorreu uma exposição modernista e nas noites dos dias 13, 15 e 17 aconteceram apresentações de música, poesia e palestras sobre a modernidade no país e no mundo.

O Modernismo pregava a ruptura de todo e qualquer valor artístico que existira até o momento, propondo uma abordagem totalmente nova à pintura, à literatura, à poesia e aos outros tipos de arte. A "Semana" contou com nomes já consagrados, como Graça Aranha e outros, que se tornariam futuros grandes expoentes do modernismo brasileiro. Participaram da Semana Mário de Andrade, Oswald de Andrade, Anita Malfatti, Menotti Del Picchia, Di Cavalcanti,Víctor Brecheret, Heitor Villa-Lobos, entre outros. Tarsila do Amaralnão participou da Semana, pois se encontrava na Europa na ocasião e recebeu notícia da mesma através de cartas, sobretudo de Anita Malfatti, amiga que a apresentaria, em meados de 1922, a Menotti, Mário e Oswald. Essas cinco personalidades passaram a se frequentar e se reunir a partir de então, passando a se auto-dominar como o Grupo dos Cinco, em que informações sobre a arte moderna eram trocadas, vivenciadas e praticadas.

Retirado do site: http://pt.wikipedia.org/wiki/Teatro_Municipal_de_S%C3%A3o_Paulo


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